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Um blog que veio dar continuidade ao Brilho dos Anjos onde relatei a minha passagem pelo cancro da mama
sábado, 18 de fevereiro de 2012
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Ontem, bem que me doía a barriga e tomei um ben-u-ron para não estragar o jantar entre
amigas. O resultado foi:
estou novamente com o
período :p apesar do meu Onco ter dito para não fazermos nada em relação a isto continuo
preocupada...não sei
porquê... mas continuo.
Talvez se deva ao facto de outras meninas com casos idênticos ao meu estarem com uma
menopausa induzida e eu
continuar na mesma.
Não é que seja de minha vontade estar mestruada, não é nada disso. Só não confio!!
Roche denuncia falsificação de medicamento Avastin® nos EUA
O laboratório Roche anunciou nesta quarta-feira a descoberta de imitações do seu medicamento Avastin®, destinado a combater diversos tipos de cancro, e advertiu que o seu uso não é seguro, avança a revista VEJA, citando a AFP.
"Fomos informados pelas autoridades americanas que foram descobertas imitações", afirmou uma porta-voz do grupo farmacêutico suíço Roche em Zurique.
"A investigação está em curso e colaboramos com as autoridades" americanas, completou.
"De momento, sabemos que o produto falsificado não contém o princípio activo do Avastin®", declarou à AFP Charlotte Arnold, porta-voz da Genentech, filial americana da Roche com sede em São Francisco.
"Como consequência, não é seguro nem eficaz e não deve ser utilizado. Não é Avastin® (...), não trata o cancro, portanto é perigoso por definição", completou, indicando que a Roche colabora com as autoridades americanas na investigação do caso.
Vários lotes presentes nos EUA com a menção "Avastin® 400 mg/16 ml" - com números de série B86017, B6011 e B6010 - foram apontados como suspeitos de serem falsificações.
A Genentech afirmou que os lotes falsos não se assemelham ao produto oficial, que foi aprovado pela FDA.
A FDA informou num comunicado que enviou um e-mail advertindo "19 hospitais nos EUA que compraram medicamentos anticancerígenos não aprovados e que estes poderiam ser falsificações de Avastin®".
Os hospitais compraram os medicamentos falsos da Quality Specialty Productos (QSP), um fornecedor estrangeiro também conhecido como Montana Health Care Solutions. A Volunteer Distribution, com sede em Gainesboro (Tennessee, leste) distribui os produtos da QSP, informou a FDA.
"A FDA pediu (aos 19) hospitais que não utilizem os produtos que vieram desses distribuidores", completou a agência.
A porta-voz da Roche afirmou por sua vez que "os fornecedores mencionados na nota da FDA não estão autorizados pela Genentech a distribuir Avastin®".
O Avastin®, utilizado para tratar o cancro colo-rectal, do pulmão e dos rins, está entre os medicamentos mais vendidos pela Roche, com um volume de negócios de cerca de 5.800 dólares em 2011.
Em Novembro, a FDA retirou da Roche a autorização para utilizar o Avastin® em tratamentos de cancro da mama avançado, dado que o medicamento se revelou ineficaz e arriscado para essa doença.
2012-02-17 | 10:02
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Aspirina pode impedir câncer de sofrer processo de metástase
Descobertas revelam que a aspirina e outros remédios de uso doméstico ajudam a interromper vias químicas que alimentam os tumores
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Moléculas como a da aspirina podem funcionar de forma eficaz na redução da dilatação destes grandes vasos e, assim, reduzir a capacidade dos tumores de se espalharem para lugares distantes
doméstico são capazes de inibir a metástase do câncer.
As descobertas, publicadas na revista Cancer, mostram que os remédios ajudam
a interromper as vias químicas que alimentam os tumores.
a interromper as vias químicas que alimentam os tumores.
Os pesquisadores sabem que os tumores secretam uma variedade de proteínas
e compostos, chamados fatores de crescimento, para atrair vasos sanguíneos
e linfáticos, permitindo-lhes prosperar e se espalhar pelo corpo.
e compostos, chamados fatores de crescimento, para atrair vasos sanguíneos
e linfáticos, permitindo-lhes prosperar e se espalhar pelo corpo.
Na pesquisa atual, a equipe do Centro de Câncer Peter MacCallum, descobriu
que o gene Pgdh une estes fatores de crescimento à via celular prostaglandina,
que pode causar inflamação e dilatação dos vasos por todo o corpo.
que o gene Pgdh une estes fatores de crescimento à via celular prostaglandina,
que pode causar inflamação e dilatação dos vasos por todo o corpo.
Os fatores de crescimento liberados por tumores também fazem com que os
vasos linfáticos próximos se dilatem, aumentando a capacidade de abastecimento
e facilitando a propagação do câncer.
vasos linfáticos próximos se dilatem, aumentando a capacidade de abastecimento
e facilitando a propagação do câncer.
O líder da pesquisa, Steven Stacker e seus colegas demonstraram que moléculas
como a da aspirina podem funcionar de forma eficaz na redução da dilatação
destes grandes vasos e, assim, reduzir a capacidade dos tumores de se espalharem
para lugares distantes.
como a da aspirina podem funcionar de forma eficaz na redução da dilatação
destes grandes vasos e, assim, reduzir a capacidade dos tumores de se espalharem
para lugares distantes.
Os cientistas já suspeitavam que remédios anti-inflamatórios não esteroides
(NSAIDs), como a aspirina, poderiam ajudar a inibir a disseminação do câncer,
mas eram incapazes de identificar exatamente como isto ocorria.
(NSAIDs), como a aspirina, poderiam ajudar a inibir a disseminação do câncer,
mas eram incapazes de identificar exatamente como isto ocorria.
A equipe acredita que a descoberta deste mecanismo de ação das moléculas de
aspirina e de outros medicamentos comuns abre uma gama de novas terapias
com potencial para atingir esta via nos vasos linfáticos, efetivamente reduzindo
o abastecimento dos tumores e limitando o transporte de células cancerosas
para o resto do corpo.
aspirina e de outros medicamentos comuns abre uma gama de novas terapias
com potencial para atingir esta via nos vasos linfáticos, efetivamente reduzindo
o abastecimento dos tumores e limitando o transporte de células cancerosas
para o resto do corpo.
O estudo também pode levar à produção de remédios novos e mais eficazes,
que poderiam ajudar a conter tumores sólidos, inclusive o de mama e o de próstata,
bem como fornecer um "sistema de alerta precoce" antes que o tumor comece a sofrer metástase
.
que poderiam ajudar a conter tumores sólidos, inclusive o de mama e o de próstata,
bem como fornecer um "sistema de alerta precoce" antes que o tumor comece a sofrer metástase
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Só um Mundo de Amor pode Durar a Vida InteiraHá coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.
Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Expresso'
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
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