sábado, 16 de julho de 2011

Fármaco que trata cancro da mama pode preveni-lo também

Uma nova pesquisa descobriu que é possível prevenir o cancro da mama e a boa notícia vai mais além: a droga já está aprovada para o tratamento da doença, avança a CNN, citada pela HypeScience.


Mulheres com risco elevado de desenvolver cancro da mama alimentado pela hormona estrogénio podem reduzir esse risco em 65% tomando o medicamento bloqueador inibidor da aromatase Aromasin® (exemestano), da Pfizer.


O Aromasin® é um dos três fármacos da classe de medicamentos chamados inibidores de aromatase que bloqueiam a produção de estrogénio em mulheres pós-menopáusicas. As duas outras drogas não são usadas para prevenir cancro da mama porque possuem, embora raramente, sérios efeitos secundários, como aumento do risco de cancro do útero e coágulos sanguíneos.


Estudos anteriores mostraram que o fármaco tamoxifeno reduz o risco de contrair cancro da mama em mulheres mais velhas em 50%, e a droga da osteoporose raloxifeno reduz o risco em 38%, após cinco anos a tomá-la. O exemestano, mais conhecida sob a marca Aromasin®, foi a que teve menos efeitos secundários.


A pesquisa envolveu 4560 mulheres saudáveis na pós-menopausa, com alto risco de cancro da mama. A redução de 65% do risco foi encontrada depois de as mulheres terem tomado os remédios por apenas três anos. O estudo continua.


Ainda assim, os próprios efeitos secundários de Aromasin® não devem ser ignorados. Segundo o estudo, as mulheres que tomaram o fármaco não tiveram efeitos tóxicos graves e apenas pequenas alterações na qualidade de vida.


Porém, especialistas que não participaram da pesquisa afirmam que inibidores de aromatase têm efeitos secundários significativos, como ondas de calor, artrite e perda de densidade óssea, o que pode ter um grande impacto na qualidade de vida de uma mulher, especialmente se ela não tem cancro.


Também 94 das mulheres tratadas com esse medicamento não beneficiaram dele até que uma conseguiu impedir o desenvolvimento da doença. Assim, quando se trata de prescrever Aromasin®, talvez fosse melhor limitá-lo a doentes com um risco muito elevado de cancro.


As mulheres são consideradas com alto risco se tiverem mais de 60 anos, estiverem na pós-menopausa e/ou tiverem biopsias de mama anormais.


Todos os especialistas concordam que as mulheres precisam de conversar com o seu médico para entender completamente os riscos e benefícios de tomar esses medicamentos antes de tomá-los.


A Pfizer, fabricante do Aromasin®, não quis revelar se planeia pedir uma extensão da sua patente com base na pesquisa.




Fonte:POP - Portal de Oncologia Português

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